Diário de bordo
Objetivo da viagem; colher toda sorte de informação do evento para colocar-mos na revista. Então lá fui eu bancar a repórter sem nem sequer conhecer técnicas de entrevista ou reportagem.
Enfim, São Luíz é linda, com sua arquitetura colonial bem preservada; me apaixonei pela cidade e senti uma pena horrível não tê-la apreciado como gostaria. No último dia, deliberadamente, cabulei o encontro pois estava cansada de ficar indo de um lado para o outro atrás daqueles homens de perfis brochantes e fui conhecer um pouco a cidade.
Tinha pouquíssimo dinheiro, mas mesmo assim deu para trazer um lindo e baratinho vestido e também conhecer os lençóis maranhenses. E justamente eu, que não suporto sol nem praia, tenho que admitir que aquilo é um verdadeiro paraíso. Um paraíso bem quente, mas ainda um paraíso. Depois fomos, eu e minhas três companheiras de senzala a um restaurante perto da orla e fui a única a recusar a tal moqueca maranhense; não gostei de ver tudo aquilo li junto. À noite fui ao shopping, desculpa safada para ficar um pouco sozinha e caminhar nos lugares que eu queria e também para freqüentar um dos meus locais prediletos em qualquer canto do planeta.
Voltei toda feliz para o meu cafofo, já era um pouco tarde, mas as madames que dividiam o quarto comigo ainda estavam acordadas. Quando chegamos pensei que minha chefa fosse achar insuficiente o material recolhido, mas para minha benesse ela gostou, e muito. Pasmem!
De graça ganhei um gripe pára-normal, lembrança de São Luíz e dos seus lençóis. Sinceramente, acho que sou a única pessoa que fica gripada quando vai à praia, por isso não chego nem perto.